BOSTON (Reuters) - A inventora de uma técnica para extrair fragrância de baunilha do estrume de vaca, os criadores da arma química chamada "bomba gay" e a bióloga que esmiuçou as dobras dos lençóis estão entre os ganhadores do prémio IgNobel de 2007.
A "honraria", concedida anualmente pela revista humorística Annals of Improbable Research ("Anais da Pesquisa Improvável"), foi anunciada na quinta-feira numa cerimônia em Cambridge, Massachusetts --sede das prestigiosas universidades Harvard e MIT. Os ganhadores tinham no máximo um minuto para tentar explicar seu trabalho.
Enquanto alguns prêmios claramente tiram sarro da cultura popular, outros se destinam a provocar um debate sobre a ciência, destacando trabalhos que "inicialmente fazem as pessoas rir, e então as fazem pensar", segundo a revista.
"Essas pessoas realmente precisavam que alguém, em algum lugar, de alguma maneira insignificante, desse algum tipo de reconhecimento de que eles fizeram algo que ninguém nunca havia feito", disse Marc Abrahams.
Em seu 17O ano, o IgNobel foi entregue por alguns Prêmios Nobel de verdade, como Craig Mello (Medicina, 2006), Dudley Herschbach (Química, 1986), Robert Laughlin (Física, 1998), William Lipscomb (Química, 1976) e Sheldon Glashow (Física, 1979).
Conheça alguns dos vencedores deste ano:
Química -- Mayu Yamamoto, do Centro Médico Internacional do Japão, por desenvolver a forma de obter extrato de vanilina (aroma e sabor de baunilha) do esterco de vacas. "Ela parece afirmar que se as empresas começarem a usar este método ele pode ajudar no aquecimento global, porque parte de todo o estrume de vaca que causa problemas na atmosfera vai começar a ser usada", justificou Abrahams em entrevista.
Lingüística -- Juan Manuel Toro, Josep B. Trobalon e Nuria Sebastián-Galles, da Universidade de Barcelona, por um estudo "comprovando" que ratos às vezes não conseguem distinguir uma pessoa falando japonês de costas de uma pessoa falando holandês de costas.
Prêmio da Paz -- Laboratório Wright da Força Aérea dos EUA, em Dayton, Ohio, pela instigante pesquisa que levou ao desenvolvimento de uma arma química, a chamada "bomba gay", que "fará os soldados inimigos se tornarem sexualmente irresistíveis uns aos outros".
Biologia -- Johanna E.M.H. van Bronswijk, da Universidade de Tecnologia de Eindhoven (Holanda), por fazer um censo de ácaros, insetos, aranhas, pseudo-escorpiões, crustáceos, bactérias, algas e até "primos" das samambaias que habitam nossas camas.
Economia -- Kuo Cheng Hsieh, de Taichung, Taiwan, por patentear em 2001 um dispositivo que prende ladrões jogando uma rede sobre eles. O inventor, porém, não foi localizado pelos representantes do IgNobel em Taiwan. "Ele sumiu. Alguém nos sugeriu a possibilidade de que talvez o pobre homem tenha ficado preso dentro da sua própria máquina", especulou Abrahams
(Fonte: Jason Szep; Yahoo Brasil)
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
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